terça-feira, 21 novembro 2023 11:42

Por faculdades livres!

Lê aqui o comunicado dos jovens do Bloco sobre a intervenção policial nas faculdades.

O debate democrático nas faculdades está sob ataque. No dia 14 de Novembro, a direção da NOVA FCSH tomou a decisão de apelar à intervenção policial para responder a um protesto político que acontecia na faculdade decorrente de uma mobilização do grupo “Ocupa: fim ao fóssil FCSH”. No dia seguinte também foi acionado o aparato policial para intervir na Faculdade de Psicologia durante uma palestra de uma ativista climática, que levou à detenção das estudantes. Estas ações acontecem na sequência de mobilizações no ano anterior relativamente ao mesmo método antidemocrático utilizado para a dispersão do protesto estudantil na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Novembro de 2022). Tais eventos relembram-nos do longo pesadelo ditatorial que assombrou Portugal e, particularmente, das crises académicas do Estado Novo que resultaram igualmente na repressão da contestação e da crítica ao regime por parte das autoridades.

A democracia não é isto!

A ação das direções das faculdades é um ataque às conquistas democráticas de Abril de 1974 que consagram o direito à “liberdade, diversidade e debate”. As faculdades como espaço de disputa, crítica e pensamento por excelência devem imperar pela sua valorização da prática democrática de participação e organização. O espaço das nossas faculdades deve ser de aprendizagem, mas igualmente de fruição cultural, social e política. Um lugar de luta, de transformação social e de imaginação política. Nestes quase 50 anos de Democracia, as nossas faculdades foram espaço de lutas contra a propina, de mobilizações contra a violência de género, o racismo, a xenofobia, a homofobia e todas as formas de preconceito. Assim devem continuar: livres, tal como todos os estudantes que nelas estudam e exercem os seus direitos democráticos de protesto.

 

A luta climática não é crime!

As causas defendidas pelas estudantes detidas centram-se em torno da crise climática e da salvaguarda do ambiente e das pessoas da agressão exploratória e extrativista do nosso modelo sócio-económico. A luta climática é a luta dos nossos tempos. Sabemo-lo pelos relatórios dramáticos do IPCC, pelas declarações das organizações internacionais como da ONU e dos apelos que têm sido feitos pelas comunidades na linha-da-frente das alterações climáticas. É preciso uma luta popular capaz de disputar a política do business-as-usual que torna a ação climática uma oportunidade para a expansão do projeto da desigualdade.

O que precisamos é mais debate climático e não maior repressão!

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